Resenha Liberta-Me - Tahereh Mafi

Título: Unravel Me - Shatter Me.

Autora: Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito

Páginas: 444 
Sinopse:                                                                                      

“Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro,Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante”

O livro anterior (Estilhaça-me) foi focado em contar um pouco da historia de Juliette, ela se descobrindo, seu processo de descobrir o quão poderosa e destrutível pode ser bastando parar de agir como uma menininha indefesa e se tornar corajosa.

"Garota assustadora e monstruosa com um toque letal. Garota triste e patética com mais nada a oferecer a este mundo. Sem qualquer utilidade além de ser uma arma, uma ferramente para torturar e assumir o controle."

 Em liberta-me, a história é narrada a partir do momento em que  Juliette chega no ponto Ômega,  o quartel general da Resistência. Lá ela descobre não ser a única a ter dons. Ainda que seja muito perigosa, nossa protagonista precisa aprender a controlar seus dons e a  usa-los, porém Juliette sente que não pertence a esse lugar, deixando a mais confusa pois os outros habitantes do ponto ômega tem medo dela e do que pode fazer. Com isso, acaba  sentindo se deslocada e sozinha, mesmo estando em um lugar onde são todos iguais.

Bom, a partir desse momento as coisas pioram. Ai  vocês podem me  perguntar como, e eu respondo: nosso moçinho Adam passa a ter estranhas reações a seu toque, e apesar de ele não demonstrar, Juliette sente que está machucando-o. Além disso, tem Warner que não sai de sua mente, junto com tudo que aconteceu entre os dois. Ele representa tudo que ela odeia, qual seria o motivo de estar fascinada por ele? 

Quando acontece o encontro entre os dois, de modo inesperado, Juliette precisa lidar com os sentimentos que surgiram dentro dela, e aprender a controlar seus dons, pois uma batalha se aproxima e se isso não acontecer ela não poderá ser útil na batalha. 

''- Você. - E ele sussurra isso, letra por letra, ele aperta a palavra na minha pele antes de hesitar.

Depois.

Mais suave.

Seu peito arfando com força desta vez. Suas palavras quase ofegando desta vez.

- Você me destrói.

Estou caindo aos pedaços nos braços dele.'' 

"Tenho de me morder para segurar as palavras e poder piscar para conter as lágrimas que ameaçam me dominar. É debilitante este sentimento, este não saber como provar minha inocência. É a minha vida inteira sendo repassada uma vez e outra, tentando convencer as pessoas de que não sou perigosa, de que nunca quis machucar ninguém, de que não tive a intenção de que as coisas ficassem assim. De que não sou uma pessoa ruim. Mas nunca parece funcionar."

  

A narrativa continua sendo em primeira pessoa. Porém diferentemente dos livros anteriores há um número menor de frases riscadas que são os pensamentos  "ocultos" da personagem. Acredito que conforme  Juliette vai amadurecendo sua linha de pensamento fica mais livre . Em Liberta me, meu preferido,  há mais ação do que no primeiro que foi mais parado.

Uma coisa que me incomodou neste livro foi o fato de Juliette ficar chorando o tempo todo quando não consegueia algo, em vez de se esforçar, de se levantar e tentar outra vez. Um personagem que em Estilhaça-me  teve menos destaque e  nesse livro está bem presente é o Kenji, super fofo, engraçado, e que está sempre falando umas verdades pra Juliette.(mais um motivo pra gostar dele, alguém precisa falar umas verdades pra ela)

Nesse livro o relacionamento de Juliette e Adam, está bem abalado, eles quase não se veem. Outra coisa que percebi foi no que a autora transformou o personagem de uma hora pra outra, fazendo com que ele se tornasse egoista, frio, o oposto do que ela construiu no primeiro livro, e eles acabam se distanciando mais ainda quando descobre que pode estar machucando ele com seu dom.

 E é ai que Warner, nosso vilão entra. Liberta- me vai nos mostrar quem ele é de verdade, contando seu passado, e o porque ele se tornou essa pessoa fria, que não tem piedade com ninguém, conseguimos entende-lo e é o que sobra de interessante nessa jornada , nascendo ai o triangulo amoroso Juliette/Adam/Warner.

"Eu sei que ele é uma alma torturada que, como eu, não cresceu com o calor da amizade ou do amor ou de uma coexistência pacífica. Sei que seu pai é o líder de O Restabelecimento e aprova os assassinatos cometidos pelo filho, em vez de condená-los, e sei que Warner não faz ideia do que é ser normal. Eu também não.

 Um livro super leve, narrativa viciante me fez devorá-lo em 2 dias, confesso que as vezes parava apenas pra comer haha, recomendo que todos leiam, vocês não irão se decepcionar